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Centro-Sul Enfrenta Atraso na Colheita de Milho Segunda Safra por Conta das Chuvas

Produtores em Alerta

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Colheita de milho da segunda safra avança lentamente no Centro-Sul devido à alta umidade
A colheita de milho da segunda safra no Centro-Sul do Brasil está ocorrendo em ritmo mais lento do que o esperado. Até a última quinta-feira (12), apenas 5% da área cultivada havia sido colhida, de acordo com levantamento da consultoria AgRural divulgado nesta segunda-feira (16). O número representa um pequeno avanço em relação aos 1,9% registrados na semana anterior, mas está muito abaixo dos 21% alcançados no mesmo período do ano passado.

O principal fator que tem atrasado os trabalhos de campo é a alta umidade dos grãos, consequência direta das chuvas frequentes e das temperaturas noturnas mais baixas, que favorecem a formação de orvalho nas plantações. Segundo Adriano Gomes, analista da AgRural, o cenário é preocupante principalmente em regiões como o oeste do Paraná, o sul de Mato Grosso do Sul e partes de Mato Grosso.

“No oeste do Paraná, por exemplo, apenas 6% da área foi colhida até a semana passada, apesar de cerca de 18% da lavoura já estar em ponto de colheita. O produtor está aguardando a redução da umidade para entrar com as máquinas”, explicou Gomes em entrevista à agência Reuters.

Impacto da umidade nas lavouras
A umidade elevada nos grãos traz sérios riscos de perdas de qualidade, além de dificultar o trabalho das colheitadeiras, que podem enfrentar atolamentos e aumento nos custos operacionais. Em Mato Grosso, maior produtor nacional de milho segunda safra, o problema também foi observado em algumas áreas, embora haja expectativa de melhora nas condições climáticas nos próximos dias.

De acordo com o relatório da AgRural, as pancadas de chuva persistentes e o clima mais frio à noite têm mantido o solo encharcado e os grãos com teores de umidade acima do ideal para colheita. “No sul de Mato Grosso e no sul de Mato Grosso do Sul, o cenário é semelhante ao do Paraná, com atrasos significativos e dificuldades para o avanço das máquinas no campo”, destacou a consultoria.

Perspectivas para as próximas semanas
Apesar do atraso atual, a expectativa é que a colheita ganhe ritmo em algumas regiões nas próximas semanas. Segundo a AgRural, as previsões meteorológicas indicam redução nas chuvas em parte de Mato Grosso, o que pode facilitar os trabalhos de campo. Já para o oeste do Paraná e o sul de Mato Grosso do Sul, a tendência é de que as precipitações continuem, mantendo os produtores em compasso de espera.

Essa lentidão na colheita preocupa o mercado, uma vez que a segunda safra de milho, popularmente conhecida como “safrinha”, é responsável pela maior parte da produção nacional do cereal. No início de junho, a AgRural estimou a produção total de milho do Brasil (somando primeira, segunda e terceira safras) em 128,5 milhões de toneladas, uma alta em relação aos 124,8 milhões de toneladas projetados em abril, graças ao bom desempenho das lavouras em Estados como Mato Grosso.

No entanto, o atraso na entrada do milho no mercado pode ter reflexos nos preços e na logística, especialmente em um momento em que o setor agropecuário se prepara para a intensificação das exportações do cereal.

Riscos e desafios para os produtores
Além dos problemas operacionais causados pelo clima, os agricultores também enfrentam o risco de deterioração da qualidade dos grãos, caso o excesso de umidade persista. Grãos colhidos com teores elevados de água exigem secagem mais intensa, o que eleva os custos de pós-colheita e pode impactar na rentabilidade da safra.

Para minimizar prejuízos, muitos produtores estão monitorando de perto as previsões do tempo e realizando colheitas pontuais em áreas onde as condições permitem. Ainda assim, o cenário reforça a necessidade de planejamento logístico e de investimentos em estruturas de armazenamento com capacidade de secagem eficiente.


O atraso na colheita de milho da segunda safra no Centro-Sul do Brasil reflete o impacto direto das condições climáticas adversas, especialmente a alta umidade e as chuvas frequentes. Com uma produção estimada em alta, os próximos dias serão decisivos para que os produtores consigam acelerar os trabalhos de campo e evitar perdas maiores.

O mercado permanece atento, e os agricultores seguem em busca de janelas climáticas mais favoráveis para garantir o bom andamento da safra.

 

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