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Paraná Quebra Recorde e Se Aproxima da Maior Safra de Milho Já Registrada

ais de 18 Milhões de Toneladas de Milho em 2025

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O estado do Paraná está prestes a alcançar um marco histórico na produção de milho. De acordo com a Previsão Subjetiva de Safra (PSS), divulgada em 29 de maio de 2025 pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), a safra 2024/25 poderá superar todas as anteriores, com destaque para a segunda safra do grão, que deve atingir a impressionante marca de 16,15 milhões de toneladas.

Somando-se os volumes da primeira e segunda safras, a produção total de milho no estado pode ultrapassar 18,1 milhões de toneladas, superando o recorde anterior estabelecido na safra 2016/17. A projeção é otimista, mesmo diante das adversidades climáticas que causaram perdas pontuais em algumas regiões produtoras.

Segunda safra de milho cresce em área e produção

A chamada “safrinha”, como é popularmente conhecida a segunda safra de milho, é responsável por mais de 80% da produção estadual do grão. Em 2025, essa safra foi plantada em 2,72 milhões de hectares, uma expansão de 7,4% em relação ao ciclo anterior, o que evidencia a confiança do produtor na cultura, especialmente diante dos bons preços de mercado e da expectativa de clima favorável durante o desenvolvimento das lavouras.

A ampliação da área cultivada é um dos principais fatores que impulsionam a projeção de uma safra recorde, mesmo que o rendimento por hectare venha a ser impactado por instabilidades climáticas.

Primeira safra registra produtividade histórica

Embora a área da primeira safra de milho tenha sofrido uma retração de 8%, passando de 298,2 mil hectares em 2024 para 274,5 mil hectares neste ciclo, a produtividade surpreendeu positivamente. Com uma média de 10,8 mil quilos por hectare, esse foi o maior rendimento já registrado na história da cultura no estado. O bom desempenho permitiu que a colheita alcançasse quase 3 milhões de toneladas, consolidando a relevância da primeira safra, mesmo com menor representatividade em área.

Outras culturas também avançam

Além do milho, outras culturas importantes para a agricultura paranaense apresentam estimativas animadoras para 2025. A cevada, por exemplo, que já tem 31% da área plantada (de um total estimado de 94,3 mil hectares), deve ter uma safra 39% maior que a anterior, atingindo 411,5 mil toneladas. O plantio deve acelerar nas próximas semanas, especialmente na região de Guarapuava, responsável por grande parte da produção estadual.

No caso do trigo, a expectativa também é de crescimento na produtividade. Mesmo com uma área plantada 25% menor (849,8 mil hectares contra 1,13 milhão em 2024), a produção pode alcançar 2,73 milhões de toneladas, uma alta de 19%. As condições climáticas, que atualmente favorecem a cultura, podem garantir um rendimento de 3,2 mil quilos por hectare, segundo o Deral.

Já o café sinaliza uma leve recuperação após os efeitos da seca em 2023. A previsão para 2025 é de uma colheita de 42,8 mil toneladas, um crescimento de 6% em relação ao ciclo anterior.

Feijão sofre com seca e pragas

Nem todas as culturas, porém, registram boas perspectivas. A segunda safra de feijão enfrenta um cenário desafiador. Com 100% da área já plantada e mais da metade colhida, a produção deve recuar 22%, somando 534 mil toneladas, frente às 680,9 mil toneladas colhidas em 2024. A queda é atribuída à redução de 25% da área plantada (328,5 mil hectares) e à combinação de seca e ataque de moscas brancas, que comprometem o rendimento das lavouras.

Custos de produção de frango aumentam no estado

O Boletim de Conjuntura Agropecuária, também divulgado pelo Deral, trouxe dados atualizados sobre a produção de proteínas animais. De acordo com a Central de Inteligência de Aves e Suínos (CIAS), da Embrapa, o custo de produção do frango vivo em aviários climatizados no Paraná foi de R$ 4,88/kg em abril de 2025, representando uma leve alta de 0,4% em relação ao mês anterior e uma elevação de 14% em relação a abril de 2024.

Os principais responsáveis pelo aumento foram a ração, cujo custo subiu 15,2% em um ano, e a genética (pintos de um dia), com incremento de quase 20%. Apesar disso, o preço médio de venda do frango vivo ao produtor atingiu R$ 5,07/kg, superando em 13,7% o valor praticado no mesmo período do ano anterior (R$ 4,46/kg).

Expectativas para o futuro

Com os dados atualizados do Deral, o Paraná se consolida como um dos principais polos da agropecuária nacional. A expectativa de recorde na safra de milho e os bons resultados em culturas como trigo, cevada e café mostram a resiliência e a capacidade de adaptação do setor agrícola estadual, mesmo diante de desafios climáticos e econômicos.

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